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A ativista climática sueca Greta Thunberg foi deportada por Israel nesta terça-feira (10), após ter sido detida a bordo do navio Madleen, interceptado por autoridades navais israelenses quando tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A embarcação fazia parte da chamada Flotilha da Liberdade, uma iniciativa internacional que busca denunciar a crise humanitária vivida pelos palestinos no enclave.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Israel, o navio carregava suprimentos destinados à população de Gaza, incluindo alimentos e medicamentos. O governo israelense, no entanto, considera essas ações uma violação do bloqueio naval imposto sobre a região. A interceptação ocorreu ainda na madrugada de segunda-feira, em águas internacionais — um ponto questionado por advogados da Flotilha.
Em comunicado publicado na rede X (antigo Twitter), o governo israelense confirmou que Thunberg foi colocada em um voo com destino à Suécia, com escala na França. O anúncio veio acompanhado de duas fotos da ativista no aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv.
Thunberg estava entre os doze ativistas a bordo do Madleen. Ela e outros três aceitaram a deportação, incluindo o ativista brasileiro Thiago Ávila, de 38 anos. Os demais oito recusaram-se a os documentos de expulsão e permanecem detidos na prisão de Givon, em Ramla, no centro do país, enquanto aguardam uma decisão do Tribunal de Revisão de Detenções por Imigração.
Entre os detidos está a franco-palestina Rima Hassan, atual deputada no Parlamento Europeu, segundo informações da emissora pública israelense Kan.
De acordo com a organização jurídica Adalah, que representa os ativistas, o objetivo da missão era romper simbolicamente o bloqueio israelense e expor ao mundo a escassez de bens básicos como combustível, farinha e medicamentos em Gaza. Embora parte das restrições tenha sido flexibilizada no dia 19 de maio, organizações humanitárias alertam que a ajuda autorizada por Israel continua sendo insuficiente para atender os mais de 2,1 milhões de habitantes da região.
Loubna Tuma, porta-voz da equipe jurídica da Flotilha, afirmou à agência EFE que “o ato ilegal de fundo é o próprio bloqueio imposto por Israel à entrada de ajuda humanitária, independentemente do ponto exato da interceptação”.
