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A jogadora de futsal Marcela Soares ganhou notoriedade nesta semana após ser demitida de sua equipe por vender conteúdo adulto no OnlyFans. Aos 21 anos, ela denunciou a situação à imprensa e celebra um crescimento econômico “inusitado” com sua nova atividade.
“A hipocrisia é real. Me julgaram, me excluíram e me senti injustamente tratada, inclusive por outras mulheres”, declarou Marcela em entrevista ao portal O Globo. Ao jornal, ela “afirmou ter sido demitida” da entidade “depois que a direção percebeu seu envolvimento em plataformas de conteúdo para adultos”. O jornal britânico The Sun identificou o clube como sendo o Pelotas, do Rio Grande do Sul, estado natal da atleta.
Soares relembrou que, no início de sua carreira no futsal, ganhava aproximadamente R$ 550. Agora, com o OnlyFans, seus rendimentos se multiplicaram por 100, chegando a R$ 55.000 por mês. “Obtive liberdade e independência financeira. Hoje me sinto mais forte”, manifestou sobre os pontos positivos de seu afastamento precoce do esporte.
Em declarações ao site Metrópoles, Marcela, que tem mais de quatro milhões de seguidores no Instagram, reforçou: “Não estava fazendo nada de errado. Inclusive fui julgada por minhas companheiras na quadra. É triste, mas real. Deixo o esporte, mas não deixo as plataformas. Tenho a consciência tranquila.”
A ex-jogadora de equipes como Leoas da Serra, Marechal Copagril, Pato Branco, Female e Celemaster, distribui seu conteúdo em diferentes sites e possui mais de 238 mil seguidores em sua conta pessoal do Instagram. Apesar do sucesso financeiro, ela deixou claro que sua saída do futsal não era um desejo e afirma ter conversas com outros clubes para continuar ligada à prática esportiva: “Amo jogar. O futsal é parte de quem sou.”
No entanto, ela condiciona seu retorno a poder combinar as duas atividades, priorizando seu atual estilo de vida: “Não vou permanecer em lugares que buscam controlar minha vida fora da quadra.”
Marcela Soares revelou ainda que vê como inspiração a compatriota Key Alves, que deixou o vôlei para se dedicar à venda de conteúdo em plataformas virtuais e, segundo ela, ou a ganhar 50 vezes mais que em sua carreira esportiva. “Ela demonstrou que é possível ser sensual, bem-sucedida e respeitada. Não temo os julgamentos nem os estigmas”, sentenciou Marcela, que se autodefine em sua descrição do OnlyFans como “atleta de futebol de salão e atualmente também trabalho com conteúdo para adultos”. Ela vende material exclusivo, incluindo fotos e vídeos, por uma de US$ 10 por mês.
Crescente tendência entre atletas
Os casos de Marcela Soares e Key Alves se somam a uma crescente tendência de atletas, homens e mulheres, que migram para plataformas de conteúdo adulto.
A nadadora paraguaia Luana Alonso, que competiu nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, causou burburinho após ser expulsa da vila olímpica por uma suposta “atmosfera inapropriada” causada por sua conduta. Pouco tempo depois de sua participação, anunciou sua aposentadoria e abriu uma conta no OnlyFans.
Do outro lado do espectro, o ex-goleiro espanhol Miguel Guerrero deixou o Vélez CF, de Málaga, para fazer sucesso na plataforma, conquistando 10 mil s em apenas seis meses. De julho de 2023 a fevereiro de 2024, ele havia acumulado 86.272 euros, provenientes de s e interações especiais. “Não há um mês que baixe das cinco cifras”, confessou.
Existe também o caminho inverso, como o de Elisa Sanches, que, aos 42 anos em 2024, deixou a indústria do cinema adulto para realizar seu sonho de ser árbitra de futebol. “Meu maior temor são os preconceitos em campo”, disse ela. “Sempre foi meu sonho de criança, mas a vida me fez esquecê-lo. Propus-me que este ano me inscreveria e finalmente começaria meu curso para ser árbitra de futebol”, acrescentou.
