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O número de divórcios voltou a crescer no Brasil e bateu novo recorde em 2023, enquanto os casamentos registraram queda pelo segundo ano consecutivo, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram contabilizados 440,8 mil divórcios, um aumento de 4,9% em relação a 2022. Já os casamentos caíram 3%, totalizando 940,8 mil registros.
A Região Sudeste teve o maior recuo nos casamentos, com queda de 5%. No sentido oposto, os divórcios cresceram principalmente nas regiões Centro-Oeste (16,8%) e Norte (13,1%).
A média de idade dos brasileiros que se divorciam também chama atenção: 44,3 anos para os homens e 41,4 para as mulheres. O tempo médio entre o casamento e o divórcio é de 13,8 anos — menor do que os 16 anos observados em 2010.
Dos divórcios realizados em 2023, 81,8% ocorreram por meio judicial, sendo a maior parte entre casais com filhos menores de idade (46,3%). Os registros extrajudiciais representaram 18,2% do total.
A taxa geral de divórcios — que mede o número de separações para cada mil pessoas com 20 anos ou mais — manteve-se em 2,8 em 2023, mesmo índice de 2022, mas acima do registrado antes da pandemia (2,5 em 2019).
Já o casamento entre pessoas do mesmo sexo cresceu timidamente: 1,6%, alcançando 11,2 mil registros, sendo 62,7% entre mulheres. Por outro lado, os casamentos entre homens recuaram 4,9%.
A pesquisa também identificou uma mudança no perfil dos casais. Em 2003, apenas 8,2% das mulheres que se casavam tinham 40 anos ou mais. Em 2023, esse número saltou para 25,1%. Entre os homens, o aumento foi de 13% para 31,3%.
Segundo a gerente da pesquisa, Klívia Brayner, a queda nos registros de casamento pode estar relacionada ao adiamento da formalização das uniões ou ao crescimento dos “recasamentos”. Ela ainda destacou que as uniões estáveis não entram nas estatísticas civis.
Evolução do número de divórcios no Brasil:
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2009: 174,7 mil
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2010: 239 mil
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2011: 347,6 mil
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2018: 385,2 mil
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2022: 420 mil
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2023: 440,8 mil
A taxa geral de divórcios também vem apresentando tendência de alta ao longo dos anos:
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2016: 2,4
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2019: 2,5 (último ano antes da pandemia)
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2020: 2,1
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2021: 2,5
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2022: 2,8
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2023: 2,8
