Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu conseguiu manter seu governo no poder nesta quinta-feira (12), após uma votação crucial no parlamento que visava dissolver a Knesset. A moção de dissolução foi rejeitada, um resultado que alivia a pressão sobre o líder israelense em meio a tensões crescentes relacionadas à guerra em Gaza e a uma polêmica nova lei de conscrição militar.
O voto representava o desafio mais sério ao governo de Netanyahu desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023. A sobrevivência do gabinete foi assegurada após um acordo ser alcançado com os partidos ultraortodoxos, que estavam insatisfeitos com a questão do alistamento militar obrigatório para sua comunidade.
A principal causa da tensão era a fúria dos partidos ultraortodoxos, que reclamavam do fracasso do governo em aprovar uma lei que isentaria sua comunidade do serviço militar obrigatório, mesmo em tempo de guerra. O alistamento é compulsório em Israel, mas muitos membros da comunidade ultraortodoxa buscam isenção para se dedicar exclusivamente aos estudos religiosos.
A oposição israelense esperava capitalizar a insatisfação pública com essas isenções para derrubar o governo de Netanyahu. No entanto, a moção para dissolver o parlamento foi rejeitada por 61 votos a 53.
Acordo com Partidos Religiosos
A maioria dos parlamentares da ultradireita concordou em votar contra a moção após um anúncio do presidente do Comitê de Relações Exteriores e Defesa, Yuli Edelstein. Ele e os partidos ultraortodoxos haviam chegado a um entendimento sobre uma nova proposta de lei de conscrição, cujo teor ainda será detalhado.
Dentro da própria coalizão de Netanyahu, há divergências: enquanto alguns partidos religiosos defendem veementemente as isenções para estudantes de seminários, outros parlamentares pressionam para que as isenções sejam completamente abolidas. A impaciência crescente das facções ultraortodoxas na coalizão havia levado a ameaças de que votariam com a oposição para dissolver a Knesset, o que teria desencadeado uma eleição antecipada.
Com a rejeição da moção, Netanyahu ganha fôlego, mas a questão da conscrição militar e as tensões com os partidos ultraortodoxos permanecem como desafios latentes para a estabilidade de seu governo.
