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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (30) a nona fase da Operação Sisamnes, que investiga a compra e venda de decisões judiciais em Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta etapa, os agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão em Palmas, no Tocantins, contra suspeitos de vazamento e comercialização de informações sigilosas envolvendo investigações da própria corporação.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o recolhimento dos aportes e a proibição de contato entre dois dos alvos, além da restrição de saída do país.
Segundo a PF, pessoas investigadas teriam obtido o antecipado a detalhes de operações policiais, o que comprometeu a eficácia das medidas judiciais que seriam executadas. Além disso, a corporação apura a concessão de “privilégios ilegais” a um dos presos em fases anteriores da investigação.
Somente nesta semana, a Polícia Federal já deflagrou outras duas etapas da Sisamnes. Na quarta-feira (28), a sétima fase revelou a existência de um grupo criminoso que atuava como uma “empresa de extermínio” formada por civis e militares da ativa e da reserva. Autointitulada Comando C4 — sigla para “Comando de Caça-Comunistas, Corruptos e Criminosos” —, a organização cobrava até R$ 250 mil por serviços de espionagem e assassinatos sob encomenda.
Uma planilha apreendida detalha valores, armamentos, veículos, disfarces, imóveis alugados para vigilância e o uso de garotas e garotos de programa como “iscas”. O assassinato do advogado Roberto Zampieri, executado a tiros em dezembro de 2023 em Cuiabá, é apontado como ponto de partida para o desmantelamento do esquema.
Já na quinta-feira (29), a oitava fase da operação resultou no afastamento de um magistrado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), suspeito de envolvimento em um esquema de propinas milionárias. A Justiça determinou ainda o sequestro de bens e valores que somam cerca de R$ 30 milhões.
