Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Turistas que planejam visitar a República Tcheca estão sendo orientados a se vacinar contra a hepatite A, após um surto da doença atingir diversas regiões do país, incluindo a capital, Praga. Conhecida popularmente como “doença das mãos sujas”, a hepatite A é causada por um vírus que compromete o funcionamento do fígado e pode levar à morte.
A agência britânica Travel Health Pro, apoiada pelo governo do Reino Unido, emitiu um alerta reforçando a recomendação de vacinação para viajantes que pretendem visitar o país europeu. A transmissão ocorre por via fecal-oral, geralmente em locais com baixa higiene, o que justifica o nome popular da enfermidade.
Segundo o Ministério da Saúde tcheco, a doença vem se alastrando rapidamente entre crianças, adolescentes, jovens adultos e pessoas em situação de vulnerabilidade, como usuários de drogas e moradores de rua. Até 5 de maio, foram confirmados 450 casos e seis mortes em 2025 — um número alarmante, considerando que todo o ano de 2024 registrou 636 casos e duas mortes. As regiões mais afetadas são Boêmia Central (87 casos), Morávia-Silésia (83) e Praga (73).
A diretora do Instituto Nacional de Saúde Pública da República Tcheca, Dra. Pavla Svrčinová Macková, destacou o avanço da doença: “Há um aumento acentuado nos casos. A hepatite A está presente em diversas regiões do país. A disseminação se deve, em grande parte, à negligência com práticas básicas de higiene”.
A especialista também recomendou que turistas se vacinem antes de viajar, especialmente com a aproximação do verão europeu e o aumento no fluxo de visitantes.
Entre os sintomas da doença estão icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), urina escura e coceira na pele. A hepatite A é geralmente assintomática em crianças, mas pode ser grave em adultos. O período de incubação varia entre 14 e 50 dias, com média de 30 dias, o que facilita a transmissão por pessoas que ainda não apresentam sinais da infecção.
A Dra. Kateřina Fabiánová, especialista em doenças infecciosas, orientou que viajantes evitem alimentos crus ou mal cozidos, como saladas, vegetais que não possam ser descascados, frutos do mar e sorvetes, além de não utilizarem gelo em bebidas. Ostras foram citadas como especialmente perigosas.
As autoridades de saúde locais continuam monitorando a situação e reforçam que a prevenção, por meio da vacinação e de cuidados básicos com higiene alimentar, é essencial para conter o avanço da doença.
