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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste sábado (14) em Brasília dos testes do novo sistema de alertas de desastres da Defesa Civil, que entrará em operação na região Nordeste a partir do próximo dia 18 de junho. A iniciativa visa aprimorar a comunicação de emergências e proteger a população de eventos climáticos extremos.
No Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), o presidente acionou o sistema, liberando o envio de mensagens de teste para celulares de moradores e visitantes de 36 cidades nordestinas. O governador da Paraíba, João Azevedo, que acompanhava o evento por videoconferência, confirmou ter recebido a mensagem: “Alerta extremo – Defesa Civil: alerta de demonstração do novo sistema de alerta de emergência no estado da Paraíba. Para mais informações, consulte o site do Defesa Civil Alerta”.
O sistema, que já está ativo nas regiões Sul e Sudeste desde dezembro de 2024, opera em parceria com as empresas de telefonia celular. Ele emite alertas que são exibidos nos aparelhos de todas as pessoas presentes na área de um desastre iminente ou evento climático extremo. Os “alertas severos” avisam sobre situações que estão prestes a acontecer, enquanto os “alertas extremos” orientam a saída do local de possível desastre.
Uma das características destacadas é que o serviço não exige cadastro prévio e alcança até mesmo celulares de estrangeiros, desde que os dados móveis (4G ou 5G) estejam ligados. As informações do alerta são sobrepostas ao conteúdo da tela do celular e acompanhadas por um apito sonoro, acionado mesmo em aparelhos no modo silencioso.
Questionado sobre a necessidade de conexão à internet para o recebimento dos alertas, o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que outras formas “mais simples” de notificação, como envio de SMS e avisos em rádios locais, continuam disponíveis. “O importante é que a população respeite os alertas”, reforçou Góes.
Lula fez indagações sobre o funcionamento do sistema e sugeriu o treinamento de militares para ações da Defesa Civil. O ministro Waldez Góes destacou que, nas Américas, apenas Estados Unidos, Canadá e e Chile contam com um serviço de alerta similar ao que está sendo implementado no Brasil. “A gente não evita o evento [climático], mas evita que as pessoas tenham a vida ceifada e o patrimônio perdido”, pontuou.
Segundo o ministro, a responsabilidade de ter planos de contingência, orientar deslocamentos e gerir os efeitos dos eventos climáticos cabe aos estados e municípios.
As cidades do Nordeste que receberam os alertas de demonstração neste sábado foram:
- Alagoas: Maceió, Marechal Deodoro, Pilar, São Luís do Quitunde
- Bahia: Salvador, Ilhéus, Vitória da Conquista, Santa Cruz Cabrália
- Ceará: Fortaleza, Aquiraz, Caucaia, Uruburetama
- Maranhão: São Luís, Paço Lumiar, Trizidela do Vale, Imperatriz
- Paraíba: João Pessoa, Alagoa Nova, Itatuba, Coremas
- Pernambuco: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru, Ipojuca
- Piauí: Teresina, Uruçuí, Picos, Esperantina
- Rio Grande do Norte: Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Extremoz
- Sergipe: Aracaju, Barra dos Coqueiros, Estância, Lagarto
A expectativa do governo é que o sistema de alertas esteja disponível em todo o país até o final de 2025, com a implementação nas regiões Norte e Centro-Oeste prevista para ocorrer entre julho e agosto deste ano.
