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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) respondeu neste fim de semana a uma publicação do rapper Oruam na rede X (antigo Twitter), na qual o artista questionava sobre como poderia se “organizar politicamente”. A parlamentar aproveitou a oportunidade para incentivar o funkeiro a se aproximar de movimentos populares e coletivos engajados na luta contra o racismo e a violência do Estado no Rio de Janeiro.
“Muita gente já te indicou leituras importantes, mas a transformação vem, principalmente, da organização coletiva. Não existe saída individual pra problemas que são estruturais”, escreveu Erika.
Entre as sugestões da deputada estão o Instituto DPN, que atua no Rio de Janeiro, a ativista antirracista Katiuscia Ribeiro — conhecida por sua atuação e também por ser madrinha do rapper MC Cabelinho —, além da Entidade Maré, coletivo LGBTQIAPN+ da comunidade da Maré.
“Tudo isso é organização popular. É fazer revolução com o pé no chão. Se quiser construir junto, tô por aqui. De verdade. Estamos juntos”, concluiu a parlamentar.
O incentivo ao envolvimento político de Oruam ocorre em um momento em que o PSOL tenta aprovar, no Congresso, o projeto de lei 2709/2025. O texto propõe impedir que artistas sejam vetados de contratos públicos com base no conteúdo de suas obras. A proposta é uma resposta direta à chamada “Lei Anti-Oruam”, apresentada por parlamentares que desejam barrar apresentações de funkeiros supostamente ligados ao crime organizado.
A postura do PSOL segue a linha de defesa institucional já adotada pelo partido em outros casos recentes, como o de MC Poze do Rodo, preso em maio sob acusação de associação ao Comando Vermelho.
