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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou publicamente o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), durante discurso no congresso nacional do PSB, neste domingo (1°), em meio à polêmica sobre o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A fala ocorre após críticas de Motta ao governo pela edição do decreto, que gerou forte reação no Congresso, até mesmo entre aliados.
Durante o evento, que marcou a posse de João Campos na presidência nacional do PSB, Lula preferiu evitar menções diretas à crise provocada pelo IOF. No entanto, tratou de valorizar a figura do deputado paraibano, com quem o Planalto tem buscado recompor pontes. “Quero cumprimentar o nosso querido deputado Hugo Motta, que também considero uma novidade na política brasileira. Independentemente do partido que você pertence, o teu comportamento e a tua eleição como presidente da Câmara são a demonstração de que, dentre tantas coisas ruins que nós vivemos, começam a acontecer coisas boas, e isso é extremamente importante”, afirmou Lula.
O gesto foi interpretado como uma tentativa de distensionar o ambiente político, em especial com o Legislativo, que pressiona o governo por mudanças no decreto que eleva o IOF. Nos últimos dias, Motta cobrou diretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e participou de reuniões com Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, mas o presidente já deixou claro que não pretende revogar a medida.
Sem citar projetos específicos, Lula defendeu a importância do diálogo e da construção de maioria no Congresso para que as propostas do Executivo avancem. “Nós estamos convencidos de que todas as decisões que a gente tiver de tomar em benefício do povo brasileiro temos de tomar na construção da maioria, e já é uma coisa que tem acontecido”, afirmou.
Segundo o presidente, ele tem feito questão de incluir parlamentares em agendas internacionais e na elaboração de políticas. “Tenho feito questão de todas as coisas importantes que eu vou mandar para o Congresso Nacional e todas as viagens que faço, eu convido o presidente da Câmara, o presidente do Senado, os deputados indicados pelas lideranças e senadores”, disse.
Lula explicou que essa estratégia visa aumentar o engajamento dos parlamentares nas decisões. “Faço questão para eles perceberem o que acontece, porque, quando o presidente viaja sozinho e volta com uma proposta de acordo, eles não compreenderam como é que foi feito, não participaram do debate, então, eles têm a obrigação de questionar. Se eles estiverem juntos participando, vão ver como é que aconteceu e será muito mais fácil convencer o conjunto das bancadas de que aquela atitude é muito importante”, concluiu.
