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A China suspenderá a compra de carne de frango brasileira pelos próximos 60 dias, após a confirmação do primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no país. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (16) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
“A partir de hoje, pelos próximos 60 dias, a China não estará mais comprando carne de frango brasileira”, declarou Fávaro, em entrevista à TV Centro América.
Segundo o Ministério de Desenvolvimento e Comércio, a China representa mais de 10% das exportações mensais de frango do Brasil. No ano ado, o país asiático respondeu por 14,2% das exportações brasileiras do produto, movimentando US$ 1,29 bilhão. Entre janeiro e abril deste ano, a fatia subiu para 14,5%, somando US$ 455 milhões.
O foco do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária, foi identificado em um matrizeiro de galinhas em Montenegro, no interior do Rio Grande do Sul. Este é o primeiro registro da doença em um sistema de produção comercial no Brasil.
Fávaro afirmou que outros países, como o Japão, decidiram restringir as importações apenas às áreas afetadas. “Outros países que já mudaram o protocolo ficam s ao estado do Rio Grande do Sul momentaneamente e depois somente o município de Montenegro, que é onde tem o foco, até que volte à normalidade”, explicou o ministro. Ele ainda estimou que o processo de recuperação “deve durar entre 28 e 60 dias” e que “com eficiência, com transparência, o Brasil deve voltar à normalidade em todo o país”.
O Ministério da Agricultura e Pecuária reiterou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, afirmou a pasta, em nota.
As medidas de contenção e erradicação do foco já estão em andamento, segundo o ministério. A comunicação oficial foi enviada à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, às cadeias produtivas e aos parceiros comerciais do Brasil.
