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O Departamento de Estado dos EUA está se preparando para ordenar a saída de todo o pessoal não essencial da embaixada americana em Bagdá, Iraque, devido à possibilidade de distúrbios regionais, conforme informaram dois funcionários americanos nesta quarta-feira. A embaixada em Bagdá já operava com equipe limitada, portanto, a ordem não afetará um grande número de pessoas.
Além disso, o departamento também autorizou a saída de pessoal não essencial e familiares do Bahrein e do Kuwait, dando a eles a opção de decidir se deixam esses países.
Aumento das tensões com o Irã
A decisão dos EUA ocorre após uma nova ameaça do Irã, que advertiu na quarta-feira que atacará bases militares americanas no Oriente Médio em caso de conflito com Washington. O ministro iraniano da Defesa, Aziz Nasirzadeh, declarou: “Se nos for imposto um conflito, a outra parte sofrerá sem dúvida mais perdas que nós”. Ele acrescentou que “Suas bases estão ao nosso alcance” e que “Os Estados Unidos deverão abandonar a região”.
Outro funcionário americano confirmou que o Pentágono está preparado para apoiar uma possível evacuação do pessoal dos EUA da embaixada em Bagdá. Os funcionários que forneceram essas informações falaram sob condição de anonimato para detalhar planos que ainda não foram tornados públicos.
As tensões na região têm aumentado nos últimos dias, especialmente porque as negociações entre os EUA e o Irã sobre o programa nuclear iraniano, que avança rapidamente, parecem ter chegado a um ime.
Enquanto isso, o Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estava prestes a votar uma medida para censurar o Irã. Essa medida poderia impulsionar uma tentativa de reimpor as sanções das Nações Unidas contra o Irã, por meio de uma cláusula do acordo nuclear de 2015 entre Teerã e as potências mundiais, que permanece em vigor até outubro.
Mensagens e advertências
Em meio aos relatos sobre os preparativos para a saída das embaixadas, a missão do Irã na ONU publicou nas redes sociais que “as ameaças de força esmagadora não mudarão os fatos”. “O Irã não busca uma arma nuclear, e o militarismo americano só alimenta a instabilidade”, escreveu a missão iraniana.
Mais cedo na quarta-feira, o general Aziz Nasirzadeh, ministro da Defesa iraniano, disse a jornalistas que esperava que as conversas com os EUA dessem resultados, mas reiterou que Teerã estava pronta para responder. “Se nos for imposto um conflito, as baixas do oponente sem dúvida serão maiores que as nossas, e nesse caso, os Estados Unidos devem abandonar a região, porque todas as suas bases estão ao nosso alcance”, afirmou. “Temos o a elas e as atacaremos a todas nos países anfitriões sem hesitar”.
Um comunicado do Centro de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido (UKMTO), uma iniciativa com sede no Oriente Médio supervisionada pela marinha britânica, emitiu um alerta aos navios na região, informando que “foi relatado um aumento das tensões dentro da região que poderia levar a uma escalada da atividade militar com um impacto direto nos marinheiros”. A entidade pediu cautela no Golfo Pérsico, no Golfo de Omã e no Estreito de Ormuz. Embora não tenha mencionado o Irã, essas rotas marítimas foram palco de apreensões e ataques a navios iranianos no ado.
(Com informações da AP)
