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A companhia aérea Azul anunciou nesta quarta-feira (28) que iniciou um processo de reestruturação financeira voluntária nos Estados Unidos, ao recorrer ao Capítulo 11 da Lei de Falências norte-americana — instrumento semelhante à recuperação judicial no Brasil. A medida busca reorganizar a estrutura de capital da empresa, que acumula uma dívida significativa impactada por efeitos da pandemia, instabilidade econômica e problemas na cadeia global de suprimentos.
O plano contempla a eliminação de aproximadamente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,2 bilhões) em dívidas e prevê um financiamento de até US$ 1,6 bilhão (mais de R$ 9 bilhões) ao longo do processo. Além disso, a Azul poderá contar com um aporte adicional de até US$ 950 milhões (R$ 5,3 bilhões) após a conclusão da reestruturação.
Apesar da complexidade do processo, o CEO da companhia, John Rodgerson, assegurou que a operação dos voos será mantida normalmente. “Tomamos a decisão estratégica de iniciar uma reestruturação financeira voluntária como um movimento proativo para otimizar nossa estrutura de capital — que foi sobrecarregada pela pandemia da covid-19, turbulências macroeconômicas e problemas na cadeia de suprimentos da aviação”, afirmou o executivo.
A estratégia segue um caminho similar ao adotado pela Gol, que também entrou com pedido de recuperação nos EUA em janeiro de 2024. Azul e Gol, inclusive, am um acordo de fusão no início deste ano, com o objetivo de fortalecer a presença no setor aéreo brasileiro e enfrentar os desafios financeiros do setor.
Nos Estados Unidos, o Capítulo 11 garante às empresas em dificuldades um fôlego temporário, permitindo a renegociação de dívidas com credores sem interromper suas operações.
