Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
No âmbito da Operação “Leão Ascendente”, o exército de Israel anunciou neste sábado (14) que, até o momento, mais de 20 comandantes iranianos foram abatidos, incluindo os principais responsáveis pelo aparelho de inteligência e de mísseis do regime de Teerã.
“Desde o início da operação (na sexta-feira), mais de 20 comandantes do aparelho de segurança do regime iraniano foram eliminados”, afirmou o exército em comunicado, nomeando vários altos comandos do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e das forças armadas.
O ataque, liderado pela Força Aérea Israelense e respaldado por informações de inteligência precisas, teve como alvo figuras-chave na estrutura de comando das forças armadas iranianas e do IRGC.
O primeiro golpe dessa operação ocorreu na madrugada ada, quando aviões de combate israelenses executaram ataques seletivos após um trabalho de inteligência liderado pela Direção de Inteligência das Forças de Defesa de Israel (IDF). Entre os falecidos está Gholam-Reza Marhabi, chefe da Direção de Inteligência do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, considerado até o momento de sua morte o oficial de inteligência mais relevante do regime.
Marhabi era responsável pela supervisão das análises situacionais e do planejamento operacional do exército iraniano. Durante o último ano, ele desempenhou um papel crucial na preparação e execução de operações militares e de inteligência contra Israel, consolidando-se como uma figura respeitada no círculo próximo do regime e mantendo uma estreita relação com o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammad Hossein Bagheri.
Junto a Marhabi, o ataque israelense também matou Bagheri, que liderava o arsenal de mísseis superfície-superfície do IRGC. Essa força representa um dos principais recursos ofensivos da república islâmica e é considerada uma das ferramentas mais significativas na projeção do poder militar iraniano na região.
Bagheri era responsável pela maior parte das capacidades de mísseis de longo alcance e de cruzeiro, utilizados pelo Irã em operações anteriores contra Israel, tanto em abril quanto em outubro de 2024. Sua eliminação ocorreu em um quartel subterrâneo localizado em Teerã, junto a outros altos funcionários, entre os quais se encontrava Amir Ali Hajizadeh, comandante da Força Aérea da Guarda Revolucionária.
As autoridades israelenses afirmam que o alcance da operação excede os dois altos comandos e engloba mais de uma vintena de figuras-chave do aparelho de segurança iraniano, com responsabilidade tanto na inteligência militar quanto no planejamento e uso de sistemas de mísseis de longo alcance.
O regime dos aiatolás reconheceu a morte de vários altos comandos militares, entre eles o principal responsável da Guarda Revolucionária, Hosein Salami. O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, já designou o substituto de Salami, Mohamad Pakpur, até então comandante das Forças de Terra.
No plano internacional, a comunidade de inteligência e a diplomacia se mantêm à expectativa das reações iranianas. Diversos especialistas alertam sobre o potencial impacto dessas mortes na cadeia de comando e na moral das forças armadas iranianas, bem como a possibilidade de represálias, tanto diretas quanto por meio de aliados em conflitos regionais.
À espera de movimentos do regime de Teerã, a Operação “Leão Ascendente” marca uma mudança nos métodos de guerra entre Israel e Irã e representa uma demonstração da capacidade da inteligência militar israelense para penetrar e desmantelar as redes mais protegidas do aparelho de segurança iraniano. A eliminação de figuras centrais na doutrina, planejamento e execução da política militar persa levanta questões sobre a capacidade de resposta do regime e os eventuais cenários a curto e médio prazo na região.
