Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Polícia Civil de São Paulo concentra suas investigações na hipótese de que o empresário Adalberto Amarilio Junior, encontrado morto em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital paulista, possa ter sido asfixiado após uma briga. A informação foi divulgada à TV Globo, embora os laudos oficiais ainda não tenham sido concluídos.
Os peritos aguardam os resultados dos laudos toxicológico e necroscópico, além da análise de DNA do sangue encontrado no veículo do empresário. Amostras de órgãos como coração, pulmão, fígado e rins também foram coletadas. Uma verificação sob as unhas de Adalberto foi realizada para buscar material humano, o que poderia indicar uma luta corporal antes da morte.
A principal linha de investigação, segundo a diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, Ivalda Aleixo, é que Adalberto tenha se envolvido em um confronto ao tentar cortar caminho para chegar ao seu carro. Acredita-se que ele tenha parado o veículo em uma área restrita do kartódromo para evitar o estacionamento oficial do evento de motos que ocorria no autódromo – um local que ele conhecia bem por ser piloto de kart.
Nesse suposto confronto, especula-se que o agressor possa ter pressionado Adalberto com o joelho ou se sentado em suas costas, causando compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse antes de ser jogado no buraco. O fato de Adalberto estar alcoolizado poderia ter potencializado a briga, conforme apontou Ivalda Aleixo, que afirmou que “o caso está melhor encaminhado”.
Sete seguranças e chefes de segurança que atuaram no local na noite da morte de Adalberto já prestaram depoimento. A polícia pretende ouvir ao menos metade dos 188 profissionais (entre homens e mulheres, incluindo funcionários do autódromo, do kartódromo e os contratados para o evento) que trabalharam naquela noite.
Uma linha de investigação que perdeu força foi a de que Adalberto teria sido vítima do golpe “boa noite, Cinderela” em seu carro. Embora manchas de sangue tenham sido encontradas em quatro pontos do veículo, a polícia suspeita que elas já poderiam estar lá previamente e não teriam relação direta com a morte.
O corpo de Adalberto foi encontrado sem calça e sem tênis. A polícia também suspeita que, se o corpo foi de fato colocado no buraco, o responsável conhecia bem o local. Câmeras do autódromo registraram o empresário chegando ao evento por volta das 12h30 do dia 30 de maio. No entanto, não há registros de quando ele foi buscar o carro após as 19h48, horário da última mensagem que enviou à esposa (que não foi entregue, indicando que o celular já estava desligado).
Rafael Aliste, amigo do empresário e a última pessoa vista publicamente com Adalberto no autódromo, prestou dois depoimentos à Polícia Civil. Ele relatou que Adalberto consumiu cerveja e maconha antes de se despedirem, o que o deixou “mais agitado que o normal”.
Os exames preliminares do IML não identificaram fraturas ou sinais de trauma no corpo. A causa da morte, segundo os legistas, foi compressão torácica, levantando a possibilidade de asfixia por falta de espaço para respirar dentro do buraco. O caso, ainda com muitas dúvidas, segue sob investigação.
