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A Polícia Civil de São Paulo confirmou que o sangue encontrado no carro do empresário Adalberto Amarilio Junior é de origem humana. O corpo do empresário foi encontrado dentro de um buraco em uma obra no Autódromo de Interlagos, onde ele havia participado de um evento de motocicletas no último dia 30 de abril.
Na quarta-feira (11), a esposa de Adalberto, Fernanda Dandalo, compareceu ao Departamento de Homicídios para receber objetos pessoais do marido que estavam sob custódia da polícia. Durante o depoimento, ela também forneceu detalhes sobre a rotina do empresário, ajudando nas investigações.
O corpo de Adalberto foi achado sem calça e sem sapatos no buraco da obra. De acordo com as autoridades, ele chegou sozinho ao evento por volta do meio-dia, encontrou um amigo à noite e desapareceu após enviar uma mensagem para a esposa — mensagem que não chegou a ser entregue, indicando que o celular já estava desligado.
O Departamento de Homicídios investiga várias hipóteses para o caso, mas todas dependem dos resultados dos laudos periciais que devem ser divulgados nos próximos dias. A única certeza é que o empresário foi colocado no buraco desacordado.
Os indícios apontam para uma possível compressão torácica como causa da morte. Ferimentos internos sugerem que Adalberto pode ter sido jogado ao chão e sofreu pressão no tórax, possivelmente com o joelho do agressor. Outra linha de investigação avalia a hipótese de desmaio provocado por uma manobra conhecida como “mata-leão”, em que o pescoço da vítima é pressionado pelos braços do agressor.
A delegada responsável pelo caso, Ivalda Aleixo, afirmou que exames toxicológicos e alcoólicos foram solicitados. Segundo ela, o empresário não apresentava fraturas na cabeça ou traqueia, mas a polícia apura sinais de esganadura ou tentativa de imobilização. “Ele estava um pouco eufórico”, completou a delegada.
Além disso, a polícia investiga um possível conflito entre Adalberto e algum dos cerca de 70 seguranças que trabalhavam no evento. Um mapa do autódromo ajudou a identificar quais vigilantes estavam no trajeto possível percorrido pela vítima.
Ainda não está confirmado se o sangue encontrado no carro foi derramado no momento do crime. A perícia está analisando o material para confirmar se o DNA é do empresário ou, caso contrário, de um homem ou mulher.
Para reconstruir o que aconteceu, os investigadores estão elaborando um croqui em 3D, utilizando a técnica de espelhamento, para traçar a possível trajetória de Adalberto desde o evento até o local onde seu corpo foi encontrado.
Câmeras de segurança do autódromo mostram Adalberto chegando ao evento usando boné, camiseta preta, calça jeans e tênis, mas não há imagens que registrem quando ele foi buscar o carro para sair do local. A última mensagem dele para a esposa foi enviada às 19h48, com resposta dela às 21h12.
Segundo o depoimento de um amigo, Adalberto teria consumido cerveja e maconha antes de se despedirem, o que teria deixado o empresário “mais agitado que o normal”.
