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A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia e tornou ré a veterinária Fernanda Loureiro Fazio, acusada de ser a mandante do assassinato da professora de matemática Fernanda Reinecke Bonin. A vítima foi encontrada morta em abril com sinais de enforcamento em um terreno baldio na Zona Sul da capital paulista. Além da veterinária, outros três envolvidos também aram à condição de réus.
Segundo as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação do crime teria sido ciúmes e interesse no seguro de vida da professora, no valor de R$ 500 mil. Fernanda Fazio, ex-companheira da vítima, teria contratado dois homens para executar o crime.
Fernanda Bonin e Fernanda Fazio tiveram um relacionamento conturbado e prolongado, com idas e vindas, e foram casadas por oito anos. Há cerca de um ano, elas haviam se separado e não moravam mais juntas, mas ainda buscavam a reconciliação por meio de terapia de casal, conforme indicam os investigadores.
A inconformidade da veterinária com o fim do relacionamento, somada a uma oferta de emprego recebida pela professora na Alemanha, teria sido o estopim para o planejamento do assassinato. Os suspeitos Rosemberg Joaquim de Santana e João Paulo Bourwuin teriam sido contratados para matar Fernanda Bonin. Rosemberg é apontado como autor do enforcamento, enquanto João Paulo foi flagrado dirigindo o carro da vítima no dia do crime. Uma quarta acusada, Jane Maria da Silva, aparece em vídeo abandonando o veículo da professora.
A decisão judicial que formalizou a denúncia e o início da ação penal contra os quatro réus ocorreu no dia 3 de junho, pela juíza da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Barra Funda. A magistrada considerou que há “indícios robustos de autoria e prova da materialidade do delito”. Todos os acusados permanecem presos temporariamente.
Desde o desaparecimento de Fernanda Bonin, no dia 27 de abril, o caso seguiu com uma série de investigações e prisões, que culminaram na denúncia pelo crime de feminicídio.
