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Após dois dias de julgamento, Paulo Cupertino foi condenado nesta sexta-feira (30) a 98 anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele, João e Miriam, em 2019. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara da Capital, em São Paulo, e levou familiares das vítimas a comemorarem a sentença.
Cupertino foi condenado por triplo homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Segundo o juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, que leu a sentença baseada na decisão da maioria dos jurados, o crime foi agravado por ter ocorrido na presença da filha do réu e pela fuga logo em seguida.
O júri, composto por quatro homens e três mulheres, iniciou os trabalhos na quinta-feira (29) e concluiu o julgamento nesta sexta. Pelo menos quatro jurados votaram pela condenação nos três homicídios, o que foi suficiente para selar o veredicto. Dois outros acusados julgados no processo foram absolvidos.
De acordo com o Ministério Público, Cupertino cometeu os assassinatos após não aceitar o relacionamento entre sua filha, Isabela Tibcherani, então com 18 anos, e Rafael Miguel, que tinha 22. O crime aconteceu em 9 de junho de 2019, na frente da casa da jovem, na zona sul da capital paulista. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele disparou 13 vezes contra Rafael e seus pais.
O caso causou comoção nacional. Cupertino fugiu após o crime e só foi preso em maio de 2022, após quase três anos foragido. Durante esse período, chegou a ar por cerca de 100 endereços em três países — Brasil, Paraguai e Argentina.
Segundo a denúncia, o réu mantinha uma relação de controle com a filha e não aceitava que ela se envolvesse com o ex-ator de novelas infantis. Rafael Miguel ficou conhecido por papéis em produções da TV aberta, entre elas a novela “Chiquititas”.
