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O Brasil registrou um leve aumento no número de feminicídios em 2024, mantendo uma média alarmante de cerca de quatro mulheres mortas por dia em razão de gênero. Ao todo, foram 1.459 vítimas, um crescimento de 0,69% em comparação com as 1.449 de 2023. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Ministério da Justiça, através do Mapa da Segurança Pública.
Apesar do aumento absoluto, a taxa de feminicídios por 100 mil mulheres permaneceu em 1,34 nos dois anos, indicando que o crescimento do número de vítimas acompanha o da população feminina no país, que hoje se aproxima de 109 milhões.
Tendência de estabilidade após período de alta
O levantamento aponta para uma estabilidade no índice de feminicídios após um período de alta. Em 2020, foram 1.355 casos, subindo para 1.359 em 2021 e atingindo 1.451 em 2022. A única leve queda (-0,14%) ocorreu entre 2022 e 2023.
Disparidades regionais e estaduais
A Região Centro-Oeste continua com a maior taxa proporcional de feminicídios, registrando 1,87 casos por 100 mil mulheres em 2024, bem acima da média nacional. O Sudeste, embora concentre o maior número absoluto de casos (532 vítimas), apresentou a menor taxa (1,16).
Entre os estados, Mato Grosso (2,47) e Mato Grosso do Sul (2,39) lideram em taxa de feminicídios. Em contrapartida, Amapá (0,50) e Sergipe (0,84) tiveram os menores índices.
O Maranhão registrou o maior crescimento proporcional entre 2023 e 2024, com alta de 38% (de 50 para 69 vítimas). O Piauí teve um aumento de 42,86% (de 28 para 40), e o Paraná, de 34,57% (de 81 para 109). Por outro lado, Amapá e Sergipe apresentaram reduções significativas, de 50% e 37,5% respectivamente. Minas Gerais, mesmo liderando em número absoluto de casos, foi o estado com a maior queda, reduzindo em 20,36% os feminicídios (de 167 para 133).
Capitais e municípios em destaque
As capitais do Rio de Janeiro e São Paulo dividiram o topo do ranking municipal, com 51 feminicídios cada em 2024. No Rio, o aumento foi de 11 casos em relação a 2023. Outras capitais com alto número de feminicídios incluem Brasília (DF), Manaus (AM), Teresina (PI), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Guarulhos (SP) também se destacou, com nove vítimas.
