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Uma operação da Polícia Civil no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, provocou um tiroteio que assustou ageiros do BRT Transbrasil na manhã desta terça-feira (10). Durante os disparos, usuários do transporte coletivo precisaram se abaixar para se proteger. Imagens mostram o momento de tensão, em que é possível ouvir rajadas de tiros e uma mulher entoando um hino de louvor enquanto um homem tenta acalmar os demais.
A ação, que mira lideranças do Terceiro Comando Puro (T), resultou em quatro pessoas baleadas, entre elas um motorista na Linha Vermelha e um ageiro na Avenida Brasil, ambos em ônibus diferentes. Até as 11h30, 14 suspeitos haviam sido presos e quatro fuzis apreendidos.
A operação tem como alvo 44 traficantes identificados após sete meses de investigação. Segundo a Polícia Civil, os mandados foram expedidos com base em novas provas, já que os investigados não possuíam ordens de prisão anteriores. O grupo é liderado por Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, considerado um dos criminosos mais procurados do estado.
As ações se concentram nas comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau, que compõem o Complexo de Israel. Por causa dos confrontos, a Avenida Brasil e a Linha Vermelha foram fechadas por volta das 6h30, o que causou transtornos no trânsito da região. O Centro de Operações e Resiliência (COR) colocou a cidade em Estágio 2 de monitoramento — nível que indica risco de impactos significativos na rotina da população.
De acordo com a polícia, o T mantém o controle das áreas com o uso de barricadas, drones para vigilância, toque de recolher, monopólio de serviços e práticas de intolerância religiosa. A investigação revelou ainda a existência de núcleos criminosos especializados em queimar ônibus para dificultar ações policiais e derrubar aeronaves das forças de segurança, utilizando armamento pesado e treinamento tático.
