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Bolsonaro reiterou sua desconfiança no sistema eleitoral brasileiro, criticando as urnas eletrônicas como “inauditáveis” e defendendo modelos como os usados no Paraguai e na Venezuela. “No Paraguai, no meu entender, é o ideal. Como ou a existir nas últimas eleições até na Venezuela. Nós não podemos esperar que aconteça isso no Brasil para tomar uma providência.”
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Ele citou o ex-governador Flávio Dino, que em 2010, ao perder a eleição no Maranhão, questionou o processo eleitoral: “Flávio Dino, em 2010, quando perdeu a eleição no governo do Maranhão, disse: ‘Hoje, fui vítima de um processo que precisa ser aprimorado’. [Perguntaram:] ‘O senhor acredita que houve fraude?’ ‘Houve várias fraudes.’ Palavras do senhor Flávio Dino.”
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O ex-presidente destacou sua luta pelo voto impresso: “Eu batalhei muito na Câmara pelo voto impresso. Consegui aprová-lo em 2015 para 16. A senhora Dilma vetou.”
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Bolsonaro itiu conversas com militares sobre possíveis “dispositivos constitucionais” após a derrota eleitoral e a rejeição de uma petição do PL ao TSE questionando a segurança das urnas. “As conversas eram bastante informais. Era conversa informal para ver se existia alguma hipótese de um dispositivo constitucional para a gente atingir o objetivo que não foi atingido no TSE. Isso foi descartado na segunda reunião.”
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Ele negou qualquer viabilidade para um golpe: “Golpe não são meia dúzia de pessoas, dois ou três generais e meia dúzia de coronéis. Vejam 64. Falar em golpe de Estado? O que aconteceu depois do meu governo (no 8 de janeiro), sem armas, sem núcleo financeiro, sem qualquer liderança, isso não é golpe.”
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Sobre uma minuta golpista, Bolsonaro negou ter recebido ou enxugado qualquer documento de seu assessor Filipe Martins: “Não procede o enxugamento. Tinha os considerandos. […] Eu conheço muito bem o Filipe Martins. Se ele tivesse participado de qualquer coisa, eu saberia precisar aqui qualquer contato com ele.”
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Bolsonaro classificou os atos de depredação ao Palácio do Planalto, Congresso e STF como desorganizados e sem liderança, negando que configurassem tentativa de golpe. “Eu fico até arrepiado quando se fala que o 8 de janeiro foi um golpe. Mil e quinhentas pessoas, pobres coitados, […] não foi encontrada uma arma de fogo junto àquelas pessoas.”
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Ele citou opiniões de figuras como José Múcio, José Sarney e Nelson Jobim, que também não classificariam os atos como tentativa de golpe. “Desculpa o senhor Ministro, eu não consigo entender certas penas para pessoas que não sabiam que estava fazendo naquele momento. Até porque não tinha uma liderança, não tinha nada para que fosse caracterizado por um ato estimulado ou programado.”
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O ex-presidente justificou críticas ao sistema eleitoral e ao Judiciário como parte de sua “retórica” e “desabafos”. “Era um desabafo, uma retórica que não era para ter sido gravada. O senhor me desculpe,” disse, referindo-se a uma reunião ministerial de 5 de julho de 2022, onde acusou ministros do STF de receberem “milhões de dólares” para defender as urnas.
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Ele pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes e outros membros do STF: “Não tenho indício nenhum. Era uma reunião para não ser gravada. Então, me desculpe, não tive intenção de acusar de desvio de conduta contra os três.”
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Bolsonaro itiu exageros: “Se eu exagerei na retórica, devo ter exagerado com toda a certeza, mas a minha intenção, o meu objetivo sempre foi mais uma camada de proteção por ocasião das eleições, de modo que evitasse qualquer conflito, qualquer suspeição.”
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Bolsonaro negou ter sido ameaçado de prisão por comandantes militares, como sugerido pelo brigadeiro Baptista Jr. em depoimento. “As Forças Armadas têm missão legal. Missão ilegal não é cumprida. Em nenhum momento alguém me ameaçou de prisão.”
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Ele relatou conversas informais com militares para preencher o “vazio” após a derrota eleitoral: “Conversei sim com militares, de forma isolada, para trocar informações sobre a conjuntura, porque quando você perde uma eleição, é um vazio que o senhor não imagina.”
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Bolsonaro justificou a decisão de não ar a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva, alegando evitar “a maior vaia da história do Brasil”. “Não havia da nossa parte uma gana, mesmo que nós encontrássemos algo na Constituição, o sentimento de todo mundo é que não tinha nada o que fazer, e nós precisávamos entubar.”
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O ex-presidente reforçou que sempre agiu dentro da legalidade: “Não me viram desrespeitar uma só decisão. Em nenhum momento eu agi contra a Constituição. Eu joguei dentro das quatro linhas o tempo todo.”
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Ele negou ter incentivado manifestações ilegais e classificou como “malucos” os que pediam intervenção militar ou um novo AI-5. “Tem os malucos que ficam com essa ideia de AI-5, de intervenção militar das Forças Armadas… que os chefes das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa.”
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Bolsonaro mencionou a facada sofrida durante a campanha de 2018: “Nem eu esperava que iria me eleger presidente. Acabei me elegendo sem antes ter ado por um facada.”
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Ele também relatou ter gravado uma live pedindo paz antes de viajar para os EUA e negou envolvimento nos atos de 8 de janeiro ou nos bloqueios de rodovias por seus apoiadores.
