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As contas da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em diversas redes sociais foram bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Perfis da parlamentar no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter) e LinkedIn já estão iníveis, em uma medida que ocorre após um pedido de prisão preventiva contra a deputada.
A decisão de Moraes foi além dos perfis de Zambelli, atingindo também o Instagram do filho da deputada, João Zambelli, de 17 anos, e as contas da mãe da parlamentar, Rita Zambelli. O ministro alegou que os perfis estariam perpetuando os crimes atribuídos à deputada.
Em nota divulgada, Carla Zambelli criticou veementemente a decisão. “O ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da conta de Instagram do meu filho, João Zambelli, um jovem de apenas 17 anos que está iniciando sua trajetória na vida pública. Com isso, não atacou apenas a deputada ou a cidadã Carla Zambelli. Ele atacou uma mãe”, declarou a parlamentar.
A medida judicial surge dias depois que a deputada transferiu a titularidade de todas as suas contas nas redes sociais para sua mãe, Rita Zambelli, em uma aparente tentativa de contornar possíveis bloqueios judiciais. Rita Zambelli é cotada para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026.
O pedido de prisão preventiva e o consequente bloqueio das redes sociais acontecem um dia após Carla Zambelli anunciar sua saída do Brasil. Em entrevistas e publicações online, a deputada afirmou estar nos Estados Unidos e revelou planos de seguir viagem para a Itália.
A saída do país ocorre após sua condenação pelo STF a dez anos e seis meses de prisão por envolvimento em crimes cibernéticos. Zambelli deixou o Brasil antes do término do julgamento de recursos apresentados contra sua condenação, em uma aparente tentativa de evitar a execução da pena e a possível perda de seu mandato parlamentar.
A condenação de Zambelli está ligada à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizada com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a deputada e Delgatti forjaram documentos falsos que foram inseridos no Banco Nacional de Mandados de Prisão, mantido pelo CNJ. Entre os documentos falsificados, estava um falso mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, redigido de forma a parecer assinado pelo magistrado.
Em ofícios encaminhados às plataformas digitais nesta quarta-feira, Moraes concedeu um prazo de duas horas para que X, Meta (responsável por Facebook, Instagram e Threads), TikTok, YouTube e ByteDance (dona do LinkedIn) bloqueassem os canais associados à deputada. A decisão também estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil caso a deputada faça postagens que “reiterem as condutas criminosas” e determinou a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da Interpol pela Polícia Federal.
