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Uma megaoperação conjunta entre as polícias do Rio de Janeiro e do Ceará foi deflagrada nas primeiras horas da manhã deste sábado (31) na favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. O alvo principal são chefes do crime organizado cearense que estariam escondidos na comunidade e, mesmo à distância, comandando o tráfico de drogas e ordenando assassinatos no Nordeste.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), há indícios de que mais de mil homicídios tenham sido ordenados da Rocinha para o Ceará nos últimos dois anos. Ao todo, estão sendo cumpridos 29 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, com o envolvimento de cerca de 80 agentes, entre eles equipes do Bope, do Batalhão de Choque e de tropas cearenses.
Logo no início da ação, um policial militar foi baleado no pescoço e encaminhado em estado grave para o Hospital Municipal Miguel Couto. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, já são 54 agentes de segurança baleados na Região Metropolitana do Rio em 2025.
O procurador-geral de Justiça do Rio, Antônio José Campos Moreira, afirmou que a operação está sendo monitorada em tempo real e ressaltou a gravidade da atuação interestadual da facção cearense. As investigações foram conduzidas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), com apoio do MPRJ e das secretarias de Segurança Pública dos dois estados.
Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro informou que os criminosos estavam atuando diretamente da Rocinha. “As lideranças estão sendo alvo de uma resposta rápida e mandados de prisão estão sendo cumpridos neste momento”, escreveu. Ele também anunciou a apreensão de quatro fuzis, três pistolas, celulares e um rádio transmissor até pouco antes das 8h.
A chegada das forças de segurança com blindados provocou correria na comunidade. De acordo com o Bope, cerca de 400 criminosos fugiram para a mata da Rocinha, que continua sendo monitorada pelas autoridades.
A operação também afetou o funcionamento de unidades de saúde da região. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, três serviços foram impactados:
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A Clínica da Família Maria do Socorro foi fechada;
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O Centro Municipal de Saúde Albert Sabin suspendeu atividades externas, mas permanece aberto;
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O CAPS da Rocinha está atendendo apenas casos prioritários.
